
Pouca gente sabe ou se deu conta que pode estar sendo filmada no momento de comprar inocentemente um frasco de amaciante no supermercado. Imagens sobre o comportamento de consumidores nas gôndolas dos supermecados são utilizadas, sem qualquer autorização prévia, para estudos de consumo. Mas não é só isso. Somos observados nos bancos, na ruas, no shoppings, e tudo que nos pedem é: sorria, você está sendo filmado. A falta de segurança à privacidade pode começar no momento em que adquirimos um telefone celular, uma assinatura de revista; ao acessarmos a internet; ao realizamos uma operação bancária; coisas corriqueiras em nosso dia-a-dia. Todos sabem que empresas comercializam dados de clientes entre si, resultando num bombardeamento de malas diretas e telemarketing indesejados. Isso, sem contar as avalanches de e-mails publicitários a que somos expostos, ou melhor, submetidos, todos os dias. Somemos a isso a possibilidade de rastreamento eletrônico com a implantação de chips nas mercadorias e até mesmo em seres humanos. Futuro? Ficção científica? Não. Trata-se de possibilidade real e imediata. Em breve, poderemos estar à mercê de um olhar cego com poder de observar todos os nossos movimentos e comportamentos de consumo, sem que nos seja pedida licença e sem que nos concedam sequer frases de consolo do tipo: “Sorria, você está sendo chipado”