terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Petrobras e quem será o proximo?


O roubo de um laptop da Petrobras – furo do Terra – escancara uma pergunta: por que andar por aí com dados secretos num laptop?

Trafegar dados por redes virtuais privadas pode não ser 100% seguro – nada é – mas seguramente é mais protegido do que deixar segredos industriais circularem por ruas e estradas – não importa se dentro ou fora de containers.

Precedentes de dados sigilosos vazados por roubos de notebooks não faltam. Vamos citar só dois dos casos mais famosos, que viraram notícia por toda parte – e que o pessoal de segurança lotado no episódio da Petrobras poderia ter lido também.

Em 2006, um funcionário público americano desavisado levou para casa um notebook com dados privados de 26 milhões de veteranos de guerra - todos os que saíram das Forças Armadas desde meados dos anos 70. Sem autorização, mas levou. E adivinha? O laptop foi roubado de sua residência.

Este ano, o vexame foi da Marinha britânica: um notebook seu roubado em Birmingham tinha dados de 600 mil pessoas, com detalhes financeiros de 3.500.

Quando a legislação for mais dura perante crimes digitais e os responsaveis diretos e indiretos forem penalizados, talvez a segurança aumente e as empresas tenham a consiencia de que a perda de dados seus e de seus clientes possam causar graves prejuizos.