Às vezes, pequenos detalhes são capazes de fazer uma enorme diferença. Um ponto a mais pode garantir sua aprovação no vestibular. Uma oferta US$ 1 mais alta pode fazer você vencer um lance no eBay. E meio passo em direção à beira de um penhasco, bem, não preciso dizer. Essa deve ter sido a linha de pensamento da Palm quando apresentou o Centro, seu novo celular equipado com teclado. Ele é praticamente idêntico ao popular smartphone Treo da empresa, mas um pouco menor e mais barato.
Talvez sua primeira reação seja balançar a cabeça em consternação. Isso é o melhor que a Palm conseguiu inventar? Como essa grande inovadora da década de 90 acabou trocando os pés pelas mãos? As pessoas enlouqueciam cada vez que surgia um boato sobre o lançamento de um novo aparelho da Palm no mercado. Os sites publicavam críticas de todo e qualquer ponteiro e capinha. Os nerds das empresas usavam o Graffiti, o alfabeto de reconhecimento de escrita do PalmPilot, até em whiteboards e notepads.
"Compromisso: jantar com Maria; Encontro: amanhã; Hora: 19h30" e pronto, o compromisso é inserido no calendário do Centro (quando você chegar em casa, ele já estará sincronizado com o calendário do computador). Ou você pode dizer, "Mandar e-mail para Casey Rodriguez. Assunto: uso abusivo da fotocopiadora. Corpo do e-mail: Casey (vírgula), estou de olho em você (ponto)". Na tela, aparece a mensagem de e-mail completa e digitada, pronta para ser enviada. A precisão é excepcional. Infelizmente, o preço, um tanto escandaloso, é de US$ 7 por mês pelo serviço nos Estados Unidos.
Tudo isso parece incrementar um pequeno telefone surpreendente, e é verdade, sobretudo por US$ 100. Mas nem todo mundo do público jovem ou tecnofóbico da Palm ficará animado.
